sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014



O MENSAGEIRO DAS PORTAS...

olhou à hora, adormeceu, olhou novamente, mas nem se importou, não tinha forças para levantar e começar o dia de alguma forma,
O dia se foi e entregue a lençóis e travesseiros permaneceu,
rapidamente foi tragada por uma força, pensou...devo estar sonhando...
da janela de seu quarto avistava outros tantos prédios,
sentia a vida acontecendo lá fora enquanto em seu mundinho fechada ficava
em um dos prédios avistava uma janela especial, uma janela diferente, todas eram quadradas porque aquela e somente aquela era arredondada,

se esforçou para achar uma resposta mas sem resposta ficou,
pegando uma corda lançou em direção a janela diferente, sem sucesso, parecia impossível,
ao piscar, avistou.....em um voo rasante um falcão pegando a ponta da corda e a levando até o outro lado, amarrou, verificou se estava firme e prosseguiu....pronto Freya a corda esta firme, assim poderá começar sua aventura, sobrevoando se colocou e lá continuou de longe observando sem interferências...

com sua sombrinha a postos e sapatilha nos pés na corda subiu, um arrepio percorreu a espinha, identificou era o Sr. Medo batendo, mas continuou, precisava enfrentá-lo, quais seriam os mistérios que aquela janela teria, a sua curiosidade era maior que seu medo....

andando e andando se recordou de um pássaro preto que ficava na varanda de sua casa, cantando e cantando e que um belo dia em uma cadeira ela subiu e a porta da gaiola ela abriu, em um voo desesperado ele partiu...livre...

Seria a recuperação de sua memória, seria possível que para seguir em frente ela teria que recuperar algo esquecido, seria possível algo entre o real e o imaginário,

chegando ela entrou e em um corredor comprido cheio de portas coloridas se viu, eram as cores do arco-íris para cada uma, pensou em voltar, o Sr. Medo novamente a aconselhava, até que a porta laranja se abre e nela avista sua mãe grávida tricotando e seu pai lendo, mas quem seria o bebê, sua mãe estava nova, bonita, seu pai sem barba, magro..., pensou.....o que será que isso quer dizer,

abriu a porta verde e um choro escutou, era uma menina, viu sua mãe a mimando, Freya ela dizia, eu, como eu, e a cada porta que abria, para cada cor retratava uma parte de sua infância, de sua vida, de descobertas e escolhas próprias que refletiram para o futuro, voltado para a busca da identidade pessoal....,

no final existiam novas portas mas estas não estavam coloridas, existindo ao lado de cada porta uma caixa cheia de cores, eram portas novas, que iriam preencher sonhos, esperanças e desejos para os planos futuros, desta vez as portas seriam pintadas por ela, a história conseguiria ser escrita por ela, sendo as portas sua responsabilidade, apenas dela!!

Freya abriu os olhos e ainda estava em seu quarto, nossa foi um sonho...., foi ai que longe avistou o falcão peregrino que em outro voo rasante adentrou tal janela e com ele a levou....!!

A levou para novos voos, para novas descobertas, para outras gentes, gentes que pensam ser ou não diferentes para que elas também abram novas portas e que possam pintá-las da cor que decidirem...Assim reconheceu que o Falcão Pelegrino era o mensageiro das portas...


FREYA.....02/2014
 



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