A CAIXA

 

Por muitos anos guardei soldados, guardei mendigos, guardei anões e até deuses;
Guardei em uma caixa que nem ao certo eu sabia o que fazer com ela,

 Certa vez libra chegou da terra do nunca me dizendo que eu precisaria abrir esta caixa,

Como lhe perguntei,
Esta guardada a tantos anos,
Porque agora?
Chegou a hora Libra disse....!!
Sem saber como utilizá-la comecei,

 Primeiro retirei a fita, depois a tampa,

dentro dela havia tantas teias e aranhas,
Limpei e comecei a foliar todas as fotos,
todos os escritos,
recordando cada memória esquecida
 
Não sei se isso foi benigno ou maligno para o meu ser,

tenho uma facilidade de esquecer as coisas,
coisas que me magoaram profundamente,
Sei que de alguma forma elas ficaram registradas,
então procuro não pensar, para não reviver...

Na caixa lembranças,

Senti em minha pele uma ferida se abrir,

pedi para Fulano não continuar lendo o texto,
eu não queria mais escutar,
com o começo daquele maldito texto as recordações vieram,
vi que não tinha tanta disponibilidade para o perdão

Já sabia o final e o passado quem conseguiria mudar,

Mudo hoje o MEU PRESENTE, passado serve de história,
de referência para não errar mais e não se deixar usar por ninguém...

 Abri a caixa e os retirei,

de dentro retirei tantas coisas,
havia tantos envelopes lacrados,
mas fui abrindo um a um,
alguns ainda se encontram aberto,

E caso não tenham um solução pra caixa voltaram,

em um outro momento os abrirei, mas não agora!!.
Nisso desenterrei dons silenciados,
que sabia bem que estavam lá,
mas que não fazia idéia de como trabalhar sentimentos abafados por tantos anos,
Desenterrei......

Da caixa, MINHA CAIXA de lembranças.....

 

FREYA...02/2014