CERTEZA DO VOO
Entre gatos e livros
tentava decifrar uma poção
quando senti sua presença,
Ele chegou!
O convidei para sentar, café ou chá?
Chá ele me disse, mas o alertei que ao experimentar determinadas plantas em proporções que eu ainda estava tentando aprimorar ele poderia ter grandes viagens e que poderiam ser irreversíveis.
E que eu não poderia garantir que seria uma boa viagem, se ele iria gostar ou não, mas assim mesmo ele quis experimentar tal poção.
Entre ervas das mais diferentes busquei aquelas que fariam com que ele trouxesse recordações aprimorando sua liberdade, algo que o eternizasse de alguma forma.
E assim foi, ele aceitou e com poções pequenas ele começou a se soltar e o falcão peregrino surgiu, em um súbito voo entre praças e casas, avistava a liberdade com que gostou de alcançar.
Aquele homem que se achava diferente,
que adorava estar no meio de pessoas que também se achavam diferentes,
Em um pouso leve, batendo suas asas, me olhou profundamente,
não superficialmente, mas no fundo de Minh 'alma,
me levando a delírios jamais sentidos,
Ao ultimo pouso ao sol se pôr,
Ele se foi,
e eu nunca mais soube se aquele homem falcão havia voltado a forma de homem, ou teria entrado em portas coloridas diferentes a procura de gente que pensa ser diferente, no sobrevoo de lares, plantações, corações...
A única certeza é que homem ou falcão,
continuará voando,
mesmo que seus pés não saiam do chão,
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